quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Novo agente experimental é promessa contra a leucemia linfóide crônica

Pesquisadores da Ohio State University Comprehensive Cancer Center identificaram um agente experimental que tem como alvo a leucemia linfocítica crônica e, talvez, outros transtornos proliferativos dos linfócitos.

O estudo mostra que o inibidor de pequenas moléculas CAL-101 promove diretamente a morte das células por apoptose na leucemia linfocítica crônica (LLC) e rompe várias vias externas necessárias para a viabilidade e a proliferação das células da doença.

O agente bloqueia uma molécula chamada delta-PI3K, um isômero da via PI3K (fosfatidilinositol-3 quinase), que é ativado principalmente nas células hematopoiéticas.

"No geral, nossos resultados fornecem uma base racional para o desenvolvimento da CAL-101 como o primeiro de uma nova classe de terapias direcionadas para LLC", disse a investigadora principal Amy J. Johnson, professora de hematologia e química medicinal.

"Um inibidor da PI3K não foi desenvolvido ainda, porque essa via é necessária para muitas funções celulares essenciais, mas a identificação de delta-PI3K, que seleciona as células hematopoiéticas, abre uma nova terapia potencial para a malignidade das células B", explicou Johnson.

Pessoas com a fase assintomática da CLL pode viver muitos anos, mesmo sem tratamento. Mas uma vez que a doença evolui para a fase sintomática, o tratamento é necessário. O tratamento mais comum geralmente consiste em um regime de quimioterapia baseada e que muitas vezes induz a remissão. Mas as terapias atuais não curam e quase todos os pacientes têm uma recaída.
(Isaude.net)

Leucemia pode atingir nove mil

Nos últimos meses, os brasileiros se entristeceram com a notícia da doença da atriz Drica Moraes. Com leucemia, ela descobriu o diagnóstico em fevereiro deste ano. Em junho, foi internada para fazer um transplante de medula óssea. Juntamente com este assunto, surgem algumas dúvidas da população sobre esta doença grave, que só no Brasil deve atingir 9.580 pessoas em 2010, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

De acordo com o especialista Rodrigo Miguel Bendlin, hematologista do Centro de Oncologia do Paraná, "existem vários tipos de leucemia, no caso da atriz, a doença é do tipo mieloide aguda, mais comum em adultos".

Esta leucemia é uma doença que atinge os glóbulos brancos e se caracteriza pela rápida proliferação dessas células anormais que não amadurecem e se acumulam na medula óssea, interferindo na produção normal das células do sangue.


Drica Moraes, transplante foi bem sucedido
Segundo o Bendlin, "muitas vezes o paciente descobre o diagnóstico no pronto-socorro, por apresentar sintomas da falta da produção dos componentes do sangue, como a anemia, ou infecções", diz.
Por isso, é importante estar atento aos sintomas, como hemorragias, sonolência, cansaço excessivo, emagrecimento, dores de cabeça, tonturas; ou ainda hematomas, manchas roxas na pele sem trauma algum, pequenas pintinhas vermelhas de sangue na pele, aftas e machucados na região da boca; febre e suor excessivo, além de dor nos ossos e articulações.

Apesar de a doença progredir rapidamente, a evolução do tratamento contra a leucemia também é acelerada. O tratamento consiste em destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais. O problema maior é que a doença tem grandes chances de voltar.

Mesmo assim, há chances de cura, que jamais devem ser descartadas, tanto com o uso de medicamentos, quanto por transplante de medula óssea, que em alguns casos é indicado.

De acordo com Bendlin, "apesar de o tratamento não ter evoluído consideravelmente nos últimos 30 anos, o manejo dos efeitos colaterais tiverem avanços, principalmente por causa da criação de novas drogas antifúngicas e antibióticos modernos", explica. O transplante de medula óssea também teve alguns avanços tecnológicos, com novas técnicas que trazem benefícios a maioria dos casos e agrega maiores chances de cura.

Estas e outras técnicas permitem que o paciente tenha esperanças pela cura, ou maior controle da doença. No caso de Drica Moraes, seu transplante foi bem sucedido, o que permitiu que a atriz pudesse comemorar seu aniversário de 41 anos, no início de agosto, ao lado de amigos e familiares.